sábado, 31 de março de 2007

A FLOR MADURA

Por Rodrigo Queiroz

Sexta-feira, são 6h35 e o relógio despertador começa a tocar.
Ele ainda cansado e sonolento bate a mão no aparelho pra que desligue...mais alguns minutos e se levanta. Ao escovar os dentes sua memória o alerta: - Hoje tem trabalho no Centro, preciso terminar tudo o mais rápido, hoje quero chegar no inicio, vamos ver o que ocorrerá. Um leve arrepio percorre pelo seu corpo e uma ansiedade já começa a lhe tomar conta... O dia só está começando.
No plano Astral, Aruanda, alguns espíritos combinam a noite que viria e como seriam os preparativos para a gira logo mais.
- Olá Sr. Fogo!
- Saudações Tupinambá.
- Amigo, hoje precisaremos de você lá no templo pra gira de hoje, apenas conduzirei os trabalhos do lado espiritual e você comandará se utilizando do nosso mediador em comum.
- Isto por algo especifico?
- Sim, aliás, muitos, hoje muitos encarnados serão encaminhados pra lá e suas necessidades são mesmo consciênciais, além do que temos em especial o desabrochar de um médium que nos é importante e vamos focar muito no que deveremos fazê-lo sentir.
- Compreendo, conte comigo.
- Ótimo Fogo, lá trabalhará com seus amigos falangeiros as emoções das pessoas, faze-las através de vosso magnetismo, repensar seus atos e começar a reequilibrar pensamentos, atitudes e emoções.
- Tupinambá, isto é o que faço, será um prazer.
- Muito bem, será um grande dia.
Caboclo do Fogo se dirigiu ao templo em questão e começou a localizar aberturas negativas que deveriam ser “queimadas” neste dia. Foi até o médium responsável, do qual se serviria para a noite e iniciou todo o trabalho de inspiração e preparação para a noite.
Tarso, em seu emprego, sentia-se ancioso, estranhamente fica imaginando como seria a noite e se estranhava por tamanha vontade que o tomava em querer que chegasse rapidamente o horário.
De longe, seu mentor tutor emanava vibrações e fluídos em sua direção para ir preparando seu corpo até o momento certo. Tarso não sabia, mas estas sensações que sentia, provinha destas emanações... Tarso como há muito tempo não fazia, começava a recordar a sensações mediúnicas sentidas á 10 anos atrás... Muitas desventuras o desanimaram e o afastou da Umbanda...a pouco tempo retornava a freqüentar um Templo de forma bastante expectadora.
Caboclo Ubiratan, recostado numa árvore próximo ao leito de um córrego de água cristalina e irradiante, segurava sua pedra portal por onde emanava seus fluidos até o tutelado.
- Salve Ubiratan, é hoje?
- Saudações Tupinambá, sim, hoje espero ser o grande dia, meu grande amigo está de coração aberto e ansiando me sentir. Não podemos perder esta grande oportunidade, não é a todo momento que um coração endurecido se permite a bater vivo.
- Temos muitas expectativas amigo, isto representa renascimento no coração de meu amigo tutelado e o reencontro mágico de dois espíritos que vivem nesta encarnação como irmãos consangüíneos e que juntos trazem uma irmandade espiritual para beneficiar milhares de pessoas.
- Sim amigo, então hoje tocaremos seu coração, estou o preparando.
- Logo mais nos dirigiremos ao templo.
Já são um pouco mais da metade do dia, Tarso acelerando seus afazeres e com a mente na noite, uma ansiedade que não se explicava, mas que o fazia sentir-se bem. Concentrado em seus afazeres, atrás dele chega Ubiratan, que o toca no peito, seu corpo físico capta este toque como uma descarga eletromagnética onde reage com um arrepio a percorrer o corpo e uma leve sensação de frio na barriga, voltou a pensar na noite.
Assim, muitos e muitos espíritos guias preparavam seus mediadores para a noite, onde mais uma gira de caridade seria realizada em nome da Sagrada Umbanda...
Passaram-se as horas, Tarso encerrou seu expediente e apressado seguiu para sua casa afim de tomar banho e seguir estrada, a caminho da cidade vizinha onde o Templo se localiza. Seu coração por vezes acelerado e sentia-se inquieto, pensamentos do passado com uma gostosa lembrança insistiam em não sair de sua mente.
São 20h00 e é dado o toque de início dos trabalhos. O médium dirigente já sabendo da presença do Sr. Caboclo do Fogo, sem entender prosseguia com o ritual. Defumação, preleção inicial, oração, hino da umbanda, cantos de firmeza...
Tarso já está atrasado e perdendo a paciência...
No astral do templo, luzes multicoloridas circulam freneticamente ao redor da corrente mediúnica.
Quando num toque de chamada de Orixá, uma explosão se faz no meio do templo e uma labareda se forma indo a direção da médium concentrada... Mãe Egunitá (sua intermediária), mediuniza a mulher e com a aceleração do toque no tambor, começa emanar faíscas de energia que são absorvidas pelos médiuns e consulentes presentes, é tudo muito rápido e intenso, a médium sai do transe, mas a labareda permanece acesa no meio do templo, isto claro, do lado espiritual. Continuam algumas saudações.
Tarso chega e seu corpo já começa a vibrar, senta-se e aguarda ser chamado...
Ubiratan vai a sua direção, Ubiratan aparenta uma forma física de 50 anos de idade e é um trabalhador de Oxalá. Aproxima-se de seu tutelado e continua emanando seus fluídos...
O médium dirigente inicia:

Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...
Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem...

Caboclo do Fogo sai do meio da labareda e projeta seu cordão conector no plexo frontal do médium o levando ao transe, já mediunizado inicia seu trabalho, de suas mãos flamejantes saíam pequenas salamandras que corriam pelas paredes e pulava nas pessoas para “comerem” os cascões energéticos mais grosseiros, dessa forma sutilizando o espírito dos presentes...
A curimba entoa:

Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...
Portão da aldeia abriu...para os caboclos passar...

Do lado do Congá se abre um portal por onde começam chegar os mentores trabalhadores da noite e vão indo mediunizar seus instrumentos...
Firmam os pontos riscados, se preparam...
Caboclo do Fogo abre seu ponto riscado que do lado astral projeta luzes e energias que aos olhos do menos desenvolvido aparentava uma imensa fogueira ateada...
O trabalho transcorre...Tarso está ansioso...chega sua vez.
Ubiratan projeta suas vibrações na direção do médium incorporado pelo Caboclo do Fogo, este percebe o que está prestes a ocorrer...
Tarso é colocado dentro desta “fogueira” agora combinado com as vibrações de Ubiratan, seu corpo começa a vibrar...

Urubatan de Guia que com seu manto ele vem saudar...
Ele arrebenta cadeia de bronze e de aço...
Urubatan não encontra embaraço...


Ubiratan aproveita a entrega de seu tutelado e o abraça, transmitindo sua forma física...Tarso carranca a face e sente seu corpo enrijecer e ter a sensação de estar crescendo...Ubiratan se apresenta aos olhos do médium dirigente que mesmo incorporado se emociona...
Ali por alguns minutos Ubiratan envolveu profundamente seu tutelado e inspira em sua mente:
- Estamos sempre juntos filho, você precisa pensar sobre isso que está sentindo...
Tarso perde os sentidos por alguns momentos, se entrega e felicita-se em poder estar sentindo todas aquelas sensações...
Após alguns minutos, Ubiratan desliga seus cordões de Tarso e o mesmo retorna á consciência, ainda sentindo o corpo grande e pesado...
Caboclo do Fogo, sem dialogar o abraça e beija...Tarso sente seu coração acelerar e segura as emoções e ainda consegue soltar uma frase:
- Como ele se chama Sr.?
- Ubiratan filho!

Assim começa um processo de desabrochamento de mais um mediador da luz na Umbanda...que venham...

Okê Caboclos!


Mensagem inspirada no dia 30/03/07, sexta-feira, 00h23.
contato@tvus.com.br

Blog: www.rodrigoqueiroz.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Receita De Ovo De Páscoa:


Ingredientes:

Perdão, Alegria, Paciência, Fé, Perseverança,
Vontade de Ser Feliz e Paz.

Modo de fazer:


Misture no recipiente bem lavado da sua alma, chocolate, mais perdão e alegria.
Deixe calmamente em banho-maria até que todas as mágoas e rancores sejam
depurados.

Espere esfriar um pouco, salpicando perseverança e paciência e despeje nos dois
lados do coração.

Prepare o seu bombom predileto com recheios de paz e vontade de ser feliz. Reze
nessa hora. Desenforme as duas partes moldadas no coração, coloque dentro os
bombons, embrulhe com um papel transparente de amizade, verdejante e luzente de
esperança.

Amarre com fitas prateadas de carinho e mande muitos, muitos, pra quem não te
entende também... é tempo de redenção.

O cartão é importante:

“Quero passar com amor na sua vida e ficar se você me permitir.

Feliz Páscoa com chocolate no coração”.

Anônimo disse...

Encontro com caboclos
Escrito por Victor Rebelo
Encontro com caboclos em hospital


Certa vez, me vi projetado em um hospital, que por intuição, sabia pertencer ao plano astral.

Caminhava por um longo corredor enquanto olhava através das janelas que estavam na parede lateral, à minha direita. Do outro lado, pude observar várias camas; algumas vazias, outras ocupadas. Acho que era uma enfermaria.

Ao chegar no fim do corredor, num tipo de hall, meu coração disparou de emoção. É que neste instante, vi caminhando em minha direção três espíritos que atuam na linha dos caboclos (índios) na corrente umbandista. Eram uma índia velha, uma jovem e um caboclo enorme, com cerca de dois metros de altura e muito forte. Quando os vi, não agüentei de emoção. Corri na direção deles e abracei o caboclo, ao mesmo tempo em que chorava.

Não me lembro do que ocorreu depois. Apenas sei que voltei ao corpo físico e despertei na cama sentindo uma profunda alegria em minha alma.

É muito comum, na literatura espírita, relatos de hospitais extrafísicos. Realmente, eles existem, seja em colônias espirituais ou em regiões trevosas.

Muitos espíritos recém desencarnados não têm condições de perceberem a situação em que se encontram. Não sabem que já abandonaram o corpo físico, e muitos desencarnam em condições tão doentias que precisam de tratamento nos hospitais espirituais.

Sabemos que a mente em desequilíbrio prejudica o corpo astral, também chamado no espiritismo de perispírito. Este, em condições normais, é igual ao corpo físico denso, porém, atua em um plano bem mais sutil. Apesar de ser igual na aparência ao corpo carnal, não possui órgãos. É formado por uma substância extremamente maleável, sendo por isso, muito influenciável pela mente. Ou seja, uma mente desequilibrada prejudica o perispírito, que através dos chacras, envia energias desequilibradas para o duplo etérico que envia (também via chacras) para o corpo físico. Este é o processo de somatização da doença. No caso de um mal de origem física, como uma amputação, por exemplo, muitos espíritos apresentam o membro do corpo astral também amputado. Isso ocorre devido ao condicionamento mental daquele espírito. Ele projeta o problema físico no corpo astral.

Portanto, os hospitais espirituais são necessários para diversos tipos de tratamentos. Tudo nos planos mais sutis, extrafísicos.