terça-feira, 15 de maio de 2007

DO LADO DE LÁ DA CERCA

Por Rodrigo Queiroz
Um dia desses estava um tanto desanimado ao pensar sobre a postura da consulência em relação a Umbanda. Há anos venho trabalhando esta questão na abertura dos trabalhos, mostrando aos consulentes que a Umbanda é uma religião e devemos dentro do templo nos portar como manda a boa educação, solicitando que fiquem até o final da gira, pois é o que fazemos quando vamos a templos de qualquer outra religião.
Penso que as pessoas precisam desenvolver a religiosidade ao invés de crer que a espiritualidade vá fazer algo por alguém só porque este alguém está pedindo.
Já desolado e sem acreditar que isso mudará, sentado ao pé do Congá, olhava lá no fundo as cadeiras, arrumadas para a próxima reunião, o templo vazio, eu ali sozinho, a pensar...
As correntes que separam a consulência do espaço mediúnico, a porteira...pensei:
- Será que devo tirar estas correntes? Tirar a porteira? Integrar todos ao ritual? Bem, seria algo ousado e inovador!
Eis que pensando nisso percebo a presença tão rara de se manifestar nestas horas fora de hora...
- Filho, porque tanta pergunta?
Emocionado e arrepiado, chorando foi que travamos o diálogo:
- Oh Caboclo, vós que és nosso Pai Espiritual, me ilumine, o que acontece? Até quando será assim? Semana após semana, dezenas de pessoas sentando ansiosas ali naquelas cadeiras e eu falando da responsabilidade de cada um em seus tormentos e... Mesmo assim, esperam que um milagre aconteça sem o esforço deles, querem se enganar que vocês vão fazer algo por eles sem ao menos eles se movimentarem em fazer por merecer?
- Filho, quem disse que não vamos fazer algo?
- Vão?
- Sim, sempre fazemos!
- Então...bem, então não sei mais como agir, se vocês agem como empregados dessa gente que não querem se modificar...
- Quem disse que não se modificam?
- Modificam?
- É certo que sim.
- Filho, diga, quando você ainda um menino travesso, fazia suas estripulias e acabava com isso quebrando algumas regras e seu pai esbravejando vinha te repreender, você dava a verdadeira atenção ao sermão dele?
- Não Senhor. – respondi envergonhado.
- No entanto, sabia muito bem do seu erro, não é?
- Sim...
- E nem por isso deixava de cometer o mesmo erro, dias depois, não é?
- Isso é verdade.
- E lá vinha novamente a repreensão já mais intensificada, não é?
- Sim...
- E assim você foi vivendo, de acertos e erros, de lágrimas e risos, de decepções e alegrias, não é?
- Sim...
- Seu pai contribuiu de que forma na sua formação conceitual do que você acredita hoje ser o certo ou o errado?
- Não desistindo de falar e num certo momento não mais me cobrando...
- E deixando você viver a sua vida...não é?
- Sim é isso mesmo.
- Assim somos nós aqui filho, sabemos dos erros de cada um, e posso dizer, pouco importa, pois cada qual sabe do seu calo e vez por outra os lembramos disso, mas na maioria do tempo procuramos acalentar o coração destes milhares de filhos de Olorum que ainda frágeis se encontram na vida e que precisam mais de um amigo a escutar suas lamentações e este amigo prestativo tentar ajudá-los como for possível, sem cobrar nada, sem esperar nada, sem sermão, sem repreensão. Pois precisam apenas de liberdade orientada e assim filho, cada qual no seu devido tempo entenderá o que ontem não entendeu e passo a passo vão se organizando, e melhorando sua vida por atitudes e conceitos.
- Compreendo Senhor, mas o que isso tem haver com a religiosidade e a falta de senso daqueles que tomam seu passe e vão correndo embora.
- Tem tudo haver filho, primeiro desarme seu coração e não tome em suas mãos a necessidade de impor qualquer coisa que seja a ninguém.
- Desculpe...
- Religiosidade não é algo que se impõe ou se convence em ter, é um sentimento que nasce, brota na alma do indivíduo e o toma por completo. Religiosidade é um sentimento muito próximo do que entendemos sobre o amor. Você ama por convencimento ou porque te impuseram algo? Acaso o amor que você alimenta por pessoas de seu convívio foi comprado?
- Não Senhor, amo porque amo, não há como explicar...
- Então está me entendendo!
- Penso que sim...(risos).
- Quando você ama alguém que convive, é algo que surge, que vai brotando e lentamente vai te tomando, até que em um belo sentimento se torna, não é?
- É sim...
- Assim é a religiosidade, o individuo conhece uma denominação, que pode lhe chamar a atenção, assim é um homem e mulher, daí vai convivendo, vai conhecendo suas qualidades, vai observando seus defeitos e vai se aproximando, desta forma sem perceber está cativando um ao outro e de repente se vê pego por um sentimento que o envolve e a vida já se torna sem graça caso não tenha a presença da amada...
- Filho, isto é religiosidade! Amar sem saber, sem explicar, sem entender, simplesmente o coração diz que é bom e melhor é estar perto.
- E o conhecimento?
- Vem depois filho, respeitando também o tempo de cada um... A necessidade de dominar racionalmente aquilo que se ama é algo natural, pois senão com o tempo virão as desconfianças, volto ás relações homem e mulher, no início da relação ambos querem apenas o beijo, o abraço a companhia calada, querem ter e só depois de algum tempo quando existe a certeza de que se tem então vão se preocupar em ser, em saber para completar-se. Daí vem as perguntas incessantes sobre a vida do outro, os sonhos, os projetos, as crenças, as manias e isso nunca acaba, pois quando se ama, quanto mais se aprende sobre o outro, mais se ama, só que com um detalhe, depois de um tempo, este amor está equilibrado com a razão e você pode justificar logicamente seu amor...
- É certo isso Caboclo, amo a Umbanda porque a entendo.
- Também não esqueça que a entende da sua maneira, existem outras formas de entendê-la.
- Sei disso...Aproveitando seu exemplo, é como dois homens que podem tratar diferente a mesma mulher.
- Isto filho!
- Já que está me entendendo, olhe pra frente. O que vê?
- As cadeiras vazias...
- O que mais?
- A cerca com a porteira.
- Vamos falar sobre o que está do lado de lá da cerca.
- Diga Pai, já não agüento mais este tormento.
- Filho a Umbanda é uma religião sim, tem toda sua liturgia, sua doutrina, seus preceitos e é um caminho de religar o ser ao Supremo.
- Sei...
- Tem algo nela que difere das tradições religiosas. Ela como manifestação da compaixão Divina, não ajuda somente seus fiéis, nela todos que a recorrem podem ser beneficiados, claro, que de acordo com o coração e a Lei de Olorum. Ela não exige conversão, não exige classe social, enfim, não há pré-requisito para a Umbanda ajudar o próximo. Quando falo Umbanda já estou falando dos milhares de espíritos guias que a forma.
- Assim falou o Sr. 7 Encruzilhadas.
- Sim ele falou e você parece ter esquecido.
- Não é isso Pai.
- Aquela cerca existe para que você nunca esqueça disso e não invente nada inovador e ousado quando se tratar do que já está certo e funcional.
- (risos).
- Do lado de lá da cerca, poucos raros querem estar do lado de cá. E sabe porque?
- Não.
- Porque não desenvolveram ainda a religiosidade, aquele sentimento que acabei de falar.
- Entendo e o que fazer então?
- Primeiro tirar a idéia de que todos aqui dentro devem ter religiosidade umbandista e aceitar que toda tenda, templo e terreiros de Umbanda são portas abertas do coração de Olorum, que aguarda seus filhos amorosamente para lhes escutar e lhes beneficiar no que for preciso.
- Ah Senhor, isso me é confuso e contraditório.
- Não é não. Basta abrir seus olhos e lembre-se de quando e como conheceu a Umbanda. O que ela cobrou de você?
- Nada!
- E hoje está aqui, amando ela.
- Sim e ainda não me cobra nada, sou Umbandista porque sou livre Senhor.
- Liberdade filho, é disto que estou lhe falando. Deixamos todos livres para que possa caminhar, tropeçar, construir, destruir e juntos vamos ensinando, aprendendo, e mutuamente crescendo.
- Preciso de sabedoria meu Pai.
- Também não se compra...simplesmente acontece!
- (risos)
- Claro que cada Templo deve ter suas normas de ordem, conduta e preceitos, mas isto é individual e interno. O que cada um faz no coração dia a dia é problema de cada um.
- Entendo.
- Umbanda sempre foi e sempre será para o lado de lá da cerca, um pronto socorro de almas meu filho. Já foi num pronto socorro?
- Sim.
- Acaso o médico após te atender pediu que ficasse lhe esperando até o expediente acabar?
- (risos) não, não.
- E após seu atendimento, correu para seu lar, não é?
- Sim é isso mesmo.
- Assim, querendo ou não, é que funciona a dinâmica de atendimentos na Umbanda, todos são atendidos, serão auxiliados sim, dentro do possível mesmo que ele nada faça por “merecer”, porque merecimento é algo mais complicado do que sua curta capacidade de julgo pode compreender, filho amado. E ao fim de um trabalho espiritual, todos daqui podem retornar para seus lares certos de que cumpriram mais uma vez com suas “obrigações”. E sabe? Aqueles poucos que ali ficam aguardando o fim da reunião estão uns esperando alguém e outros mais poucos estão percebendo que um sentimento está envolvendo seu coração, amanhã você chamará de religiosidade.
- Senhor, estou envergonhado...
- Sabe quem é o religioso nessa história?
- Quem?
- Os que estão do lado de cá da cerca. Acaso brotaram do nada aqui? Ou um dia estiveram do lado de lá?
- Vieram de lá Senhor.
- Muito bem, e num momento deles cada qual com o seu perceberam que seria a Umbanda, a religião, um caminho de irem ao encontro de Olorum, fatalmente precisaram estar do lado de cá, para condicionar, ordenar e movimentar sua religiosidade que já não cabia mais do lado de lá.
- Compreendo Senhor é certo que não me imagino do lado de lá.
- Certo também é que um dia esteve lá.
- Sim.
- Então filho, ainda resta alguma dúvida?
- Me resta vergonha Pai!
- Não me envergonhe filho, sua curiosidade e sua petulância é o motivo que nos une, enquanto perguntar saberá que é um eterno aprendiz e me será útil, quando não mais perguntar terá se perdido e eu não terei em você nenhuma utilidade.
- Nossa!...desculpe...já não sei o que dizer...
- Então cale seu coração e viva o amor religioso que tens, transborde-o para todos, para alimentar cada faísca que houver no coração de cada um e antes de pensar que não precisa mais de seus sermões na abertura dos trabalhos lhe alerto que isso tem alimentado muitas faíscas e esta ousadia de colocar as pessoas entre a cruz e a espada é um caminho bom para a reflexão, adiantando muita coisa para nós no momento das consultas.
- Obrigado pelo seu amor Senhor...não saberia caminhar sem vossos pés...sinto tanta falta destas prosas com vós.
- Eu falo ao seu coração filho, não preciso me fazer ouvir quando tenho o seu coração para sentir. Somos um só nessa caminhada.
- Enxugue as lágrimas e não esqueça a conclusão.
- Diga!
- Umbanda é assim, tão simples e tão complicada, um paradoxo Divino, será eterno as interpretações pessoais sobre ela e sobre sua dinâmica, no entanto, nós por amor vamos nos adequando aos limites de cada qual porque o que vale é estar entre nossos irmãos encarnados. Não cobramos nada de ninguém, desejamos sim que cada qual se encontre, reconheçam em si suas qualidades, suas potencias e as use para se beneficiar e beneficiar o meio que vive, porém este é nosso desejo, não cobraremos isso pra nossa ajuda se estender aos lares diversos deste plano. Onde houver um coração disposto a nos receber, lá estaremos do jeito que for, pois se estivermos perto sabemos que lentamente podemos ajudar este coração para o caminho da independência e da liberdade espiritual. Assim foi com você e com todos os milhares de mediadores espalhados pelos milhares de terreiros que da sua forma peculiar levam a bandeira da Umbanda, como boa nova a todas as famílias, bandeira esta que é branca, sem nome, sem símbolo, sem cores, branca, porque cristalina é a fé na vida de todos. Não esqueça disso filho, e você como um mediador, como tantos outros milhares, apenas se permita ser o que é, o meio.
Agora, fique em paz!
- Senhor antes que se vá, me responda. O que acontece com as velas que os consulentes levam embora, quando eles acendem o que ocorre na casa deles, no espírito deles? Enfim, porque disto?
- Ah filho, muita coisa acontece, mas esta dúvida será respondida num outro momento, numa outra oportunidade, na voz do seu coração.
- Fique na paz de Olorum e avante!
- Salve vossa força Sr. Caboclo Tupinambá, nos ampare sempre!
Senti um forte arrepio no corpo, sabia que este amoroso pai estava a me abraçar. Minha vista turva pelas lágrimas que insistiam a cair dos olhos, ainda pude olhar do lado de lá da cerca e percebi que algo mudava profundamente naquele Templo.
Do lado de cá estenderemos as mãos aos que do lado de lá se encontram!
Do lado de cá podemos conviver com a espiritualidade já como beneficiadores e não beneficiados e isto deve ser claro a todos, que estejam preparados para serem mais do que ter.

Saravá a Umbanda, a menina dos olhos de Olorum!

Fonte: contato@tvus.com.br
Site: www.tvus.com.br
MSN: rodrigoqueirozjus@hotmail.com

12 comentários:

Unknown disse...

Pô Rodrigo, sou sua fã meu irmão...Vc é um menino de ouro! Esse texto é "tudo de bom"! Obrigada por compartilhar.
Que Olorum continue o abençoando abundantemente! Saravá!

Rodrigo Rossi disse...

É isso aí meu Irmão Xará...

Continue assim, sempre conseguindo colocar em palavras alguns dos sentimentos e sensações mais "inexplicáveis" da vida.

Grande abraço e muita força.

Junior disse...

Rodrigo,

Muito bom, continue a partilhar seus conhecimentos, enriquecendo nossa religião e nos ensinando seus mistérios.

Anônimo disse...

Fascinante! Cada mensagem que leio em seu blog me emociona e ensina.
Sinto-me uma privilegiada em ter acesso a estes textos e poder apreciar desta leitura que ao meu ver é tão rica em ensinamentos.
Parabéns! Que Olorum continue lhe inspirando, sempre!

Anônimo disse...

Meu querido ,



Que dizer? Suas lágrimas, minhas lágrimas ao ler esse texto . Somos tão pequenos diante dessa espiritualidade tão amorosa e tão sábia.

O mais engraçado , é que voltei do almoço , pensando em algo semelhante . Em minha casa, sempre tivemos o hábito de fazer uma pequena palestra, um comentário para a assistência, geralmente era uma de minhas irmãs ou eu mesma quem o fazíamos pois somos mais falantes e despachadas , no entanto, nesse momento, ela está licenciada e eu , por causa da faculdade tenho chegado já bem tarde para trabalhar, e essas palestrinhas tem ficado em branco, e voltei pensando nisso , em conversar com minha mãe de santo para vermos alguém para falar um pouco às pessoas. E veja o que recebo ... Um presente .

Que a espiritualidade continue a nos iluminar, a nos compreender e ensinar, a nos acalentar e que possamos apreender suas mensagens.

Deus te ilumine cada vez mais meu querido, e que esse sábio caboclo te proteja infinitamente.



Obrigada por mais esse ensinamento ,



Mil beijos no seu coração ,





Cris

Unknown disse...

Salve Rodrigo
Este mesmo sentimento que tu sentes ou sentia, é o que se passa comigo também.Quando estou preparando a terreira para os trabalhos sempre fico me perguntado: até quando os consulentes virão até aqui em busca de milagres, se não fazem nada para evoluirem e merecerem as graças ??Eu não tive a graça de um caboclo vir me esclarecer, por isto agradeço por ter repassado esta mensagem tão linda, tão profunda.Salve o Sr Caboclo TUPINAMBÁ, que com sua sabedoria veio me tirar um peso, pois após falar, falar, falar, a impressão que tinha era a de que falara só para mim mesmo, pois os consulentes parecem que não escutam, que se cansam das orientações,na ansia de exporem seus problemas e terem respostas milagrosas(mesmo sem merecimento, quem sou eu para saber quem é merecedor ?).
É com muita emoção e lágrimas que insistem em cair que estou escrevendo neste momento.Esta mensagem me emocionou demais.
Que Olorum te abençoe sempre.
NAMASTÊ
Rosa Helena

Anônimo disse...

"...caboclo bate o pé no chão para que os filhos também sintam o coração bater e deixar o coração falar...”
Me encanta a certeza de que sempre aprenderei e me emocionarei com a Umbanda...razão e emoção...
Amor...pelo simples fato de amar!!!
Sábios ensinamentos...
Salve Sr° Tupinamba...

Rodrigo...admiro sua força irmão...
Abraço...

Anônimo disse...

OI RÓ muito lindo
mesmo esse texto
as vezes não
percebemos os
pequenos gestos
que temos
no nosso dia a dia
o privilégio que
temos e oportunidade
que os divinos guias
e orixás nos dão
temos sempre que
reparar em pequenos
detalhes na vida
porque vamos ver
que não precisamos
de nada temos tudo
e enxergamos que
não temos nada
Eu só tenho a agradecer
por tudo pela minha
amada umbanda.EU
AMO A UMBANDA!
Que os guias e orixás
continuem a inspirar você.
Ele é Tupinambá
quando chega de aruanda
salve o sol e salve a lua
salve os filhos de umbanda
salve o sol e salve a lua
salve os filhos de umbanda
OKÊ CABOCLO!!!!

Anônimo disse...

Rodrigo bom dia,

Obrigado por dividir esta mensagem com todos, para mim caiu como uma luva, alguns dias a traz foram estes mesmos questionamentos que tive em meu templo. Meu coração me dizia algo como o Senhor Tupinambá lhe disse, agora tenho certeza que foi o Senhor Cobra Coral quem falou ao meu coração.

Caio de Omulu disse...

Rodrigo,

Ao ler este seu post, não pude deixar de me emocionar. Primeiro, pela mensagem profunda que o texto apresenta, realmente como beneficiadores temos muito o que refletir sobre os nossos papéis, ações, reações e atitudes em relação aos que estão do outro lado da cerca. Segundo, porque compartilho com vc. a benção de ser aparelho do Caboclo Tupinambá.
Salve as forças des te Mestre Espiritual. Parabéns!!!

Eu disse...

Rodrigo,

Irmão, não contive as lágrimas de emoção ao ler esta mensagem. Parecia ver um filme. Os detalhes da narração nos leva ao momento real. Sou fã deste Caboclo que é um dos dirigentes da minha casa. Que Olorum nos dê sempre a energia necessária para caminharmos em prol da Umbanda e daqueles que necessitados procurem as nossas casas.
Axé.

Elis Cavalcante disse...

Cara, assim do nada vim parar no seu blog e em minha cabeça esta semana estava o mesmo questionamento sobre a conduta dos consulentes e vou além, pois muitas mulheres vem pedir aos meus guias o homem (muitas vezes casado) que elas querem, aquele, somente ele. Como eles aconselham e não é isso que elas querem, trocam de médiun, até perceberem que naquela casa não vai dar e, graças a Deus vão procurar outro lugar, nem que saia caro.
Ao ler o texto percebi que eu não devo me preocupar, apenas trabalhar e deixar meus guias cumprirem seus mandamentos.
E assim segue a humanidade...

Um abração.

Elis