sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Então é isso aí...


Por Rodrigo Queiroz

Vamos para a avaliação...
Tantas coisas ocorreram e falo pelo que represento o Instituto Cultural Aruanda.
Nos últimos tempos viemos passando por uma série de tormentas no relacionamento pessoal, creio que seja assim em toda comunidade.
Outras vezes me sinto pequeno demais quando passo dias pensando em um problema restrito a uma ou duas pessoas, enquanto que a meta, o ideal e o trabalho é tão grande. Daí me sinto ridículo e ao mesmo tempo sei que um castelo sólido se constrói cuidando de fixar devidamente cada pedrinha no seu lugar, assim me vejo tendo que declinar atenção e olhares para aquilo que parecia apenas uma pedrinha na construção. Claro que é, e se está dando problema é porque está fora do lugar ou não foi devidamente cuidado, logo observo e tenho que decidir qual o melhor fim para esta pedra, mas não posso crer que seja ou tenha sido desnecessário para a edificação em questão.
Assim são os caminhões de areia, as traves e tantas coisas...
Quando se está à frente de um grande trabalho, ou na execução de um grande prédio que quando este se impõe arranhando o céu, aqueles que não foram capazes de construir algo parecido ou mesmo por preguiça não se mexeu para fazer nada, logo profetizam que aquele prédio vai cair. E tantas outras profecias, calúnias e mentiras vão cercando aquela construção que se não é feita por bons engenheiros, técnicos e peões qualificados, certamente cairá. Então o empreendimento vai crescendo e se impondo. A duras penas é claro, mas o certo sempre se impõe.
Dizem que os empreendedores são uma espécie de missionários, não creio, penso que cada um tem a missão à que se coloca.
Pergunto: Em que te espelhas? O que te inspiras?
Espelho-me naqueles que lutaram literalmente para fazer a diferença no meio que viveu. Aqueles que fizeram a diferença depois de morto viram mártir e muito se divulga os feitos, na maioria das vezes se oculta os tropeços, as dificuldades e lágrimas.
Inspiro-me em acreditar numa Umbanda reconhecida, ia falar numa Umbanda melhor, mas sou tão apaixonado por ela que não encontro defeitos, é como a mulher que se ama, não existe defeito, tudo é perfeito. Falo da Umbanda e não de pessoas. Uns querem criar uma nova religião com Caboclos, Pretos Velhos etc, porque que pensam que se mudar o nome da religião, tudo mudará. Grande engano, esqueceram que religião é feito por e para humanos, não importando o nome, sempre será o humano que criará os problemas, as deturpações e as porcarias.
Quisera eu não ser humano? Balela, adoro a vida e por incrível que pareça, amo o ser humano, acredito no ser humano, simplesmente porque acredito em mim.
Enfim, vamos vivendo.
Minha pessoa é cercada por histórias negativas, que recaem sobre todo um trabalho que tem como objetivo beneficiar os próprios criadores de histórias alheias.
Não há maneira de evitar o mal, a covardia, a calúnia, a difamação e a mentira, somos um povo que de certa forma nascemos culturalmente assim, romper com tudo isso que alimenta a fofoca que transmite a maledicência é o mesmo que eliminar a nossa era. O desafio para a evolução humana é justamente propor ao indíviduo a reforma íntima que é a reestruturação da nossa genética comportamental. O comportamento humano é ditado pela coletividade, pelo meio que você vive e fazer diferente exige uma força desumana para superar a si mesmo.
Diria os mais rebeldes: - Fale mal ou fale bem, fale de mim! (risos).
Sei lá, é assim mesmo e tudo passa.
Num ano pessoas que tiveram todo carinho, dedicação e honra, se comportaram de forma desonrosa, caluniosa e covarde. Insistimos em acreditar que a ficha cairia, mas não, o infeliz tem que cair mesmo, não só a ficha...
Então cortes bruscos são feitos, outros com mais sutileza e a tentativa de acertar nunca para.
Uns se arrependem, outros não entenderam nada e outros até morrem.
Neste meio ninguém morre porque o corpo simplesmente pereceu, o motivo é sempre a macumba de alguém. Vai entender, né? Cada meio com suas particularidades.
Eu não acredito em macumba, não como pregam, mas vamos indo...
O fato é que neste Universo tudo é transitório, uns vem e outros vão. E mesmo aqueles que parecem ser a estaca em algum momento serão substituídos.
Ah já ia me esquecendo, no meio da edificação tem aquele que quer roubar a idéia do empreendedor, julgando que assumirá o lugar do criador, só que fica tão distraído em trair do que somar que acaba sendo atingido por um reboque qualquer na cabeça e pronto, some!
Desta forma mais um ano se vai. Antes dos que hoje fazem parte desta obra, ela já existia e continuará existindo depois deles, por um motivo simples, tem sempre obreiros de boa vontade querendo assumir as vagas, afinal o desemprego é grande. No entanto, como em qualquer empreendimento, só fica obreiro qualificado e não amador todos terão oportunidade de aprender, mas se não qualificar-se, vai pra zona de rebaixamento. Com Deus não é diferente.
Sigo meu horizonte que vou pavimentando e que venham os bons!
Agora com o edifício mais limpo e reorganizado vamos recolher as ferramentas para um descanso merecido.
Novo ano está chegando e lá vamos nós, neste 2008 seremos regidos por Pai Ogum, já me sinto excitado, meu Pai estará mais perto para governar todos nós, então que venham os entraves, as portas e caminhos fechados, pois com sua lança e sua espada na mão corremos campo adentro e os obstáculos são envergados.
Neste natal que todos possam refletir, qual a paz que eu quero pra minha vida?
Paz sem voz, não é paz, é medo!
Falemos alto à que estamos e porque viemos.
Oportuno rever os 365 dias passados, afinal você deve planejar o próximo ciclo.
Eu tenho que agradecer, um ano de muito aprendizado, testes de paciência e tolerância. Amei, fui amado, também odiado, traído e magoado. Ou seja, vivi bem cada dia.
Sentimentos vivos e antagônicos nos fazem pensar e vibrar, sentir-se vivo.
Muitos frutos foram servidos, sinal que a obra vive mesmo com os vultos.
Neste natal, a cada um de acordo com o que traz no coração!
É isso aí, então vou tocando a obra de todos nós.
Falando em isso aí, lembrei de uma música que na voz de Ana Carolina me toca profundamente e um trecho complementa o que digo: “É isso aí, a quem acredita em milagres, a quem cometa maldades, a quem não sabe dizer a verdade...”
Seguindo este pensamento vou entrando neste novo ano procurando como um vendedor de flores a ensinar meu filho escolher seus amores. Puts, acho que já escrevi isso!
Por fim, à todos de bem, todos trabalhadores diretos e indiretos da obra maior, minhas reverências e honra!

Um feliz natal! E um Novo Ano de sucesso e realizações!

Saravá!

Rodrigo Queiroz

INSTITUTO CULTURAL ARUANDA
Templo Escola Umbanda Sagrada
www.tvus.com.br

4 comentários:

Anônimo disse...

Amei o texto! A impressão que me dá, é de estar conversando com um amigo de longa data, que veio me visitar e me contou como foi seu ano... e no final da conversa um grande abraço que so os amigos conhecem...Um Bom Natal e um Ano Novo cheio de realizações.

Anônimo disse...

É isso aí Rodrigo, não é facil mesmo..., mas com nosso Pai Ogum ao nosso lado vamos vencer mais um ano que tambem será de glórias e vitórias, temos Deus ao nosso lado, e por isso temos A Verdadeira Confiança e Certeza que teremos êxito naquilo que diz respeito a Grande Espiritualidade Maior, eu também estou ao teu lado querido irmão de batalha.

Diego de vitória, ES
Ah! não se esqueça de agendar novas aulas aqui em vitória...
PS: Devo meu crescimento e amadurecimento espiritual a você meu querido irmão.

Desejo a você um 2008 repleto de Vitórias, Abraços!!!

Centro Cultural Estrela de Xangô disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Centro Cultural Estrela de Xangô disse...

É, acredito que esses pormenores desagrdáveis são inevitáveis no caminho de todos nós.
Mas damos a volta por cima e aproveitamos para desenvolver o amor incondicional.
Parabéns pelo blog e pela revista, que está linda.
Vamos em frente com fé, paciência e perceverança.
Um Grande Abraço