Por Rodrigo Queiroz
É comum que depois de algum tempo que uma pessoa está num terreiro, mesmo que em pleno desenvolvimento mediúnico, ela pense que é insubstituível. Isso é muito comum. O indivíduo tem a sensação clara de que se ela deixar o terreiro, o mesmo não sobreviverá, não conseguirá dar continuidade aos atendimentos e/ou coisa parecida. Ela começa a se achar vítima do sacerdote, dos médiuns mais antigos, dos seus irmãos de fé e até da consulência. Ela começa a ter um desejo inconsciente de "punir o terreiro" através da sua saída, pois ela terá a certeza que todos virão de joelhos implorar a sua volta.
Sei de pessoas que ficaram totalmente decepcionadas e mesmo depressivas ao verem que o terreiro em que eram membros sobreviveu à sua saída e que alguns meses depois nem se lembravam mais dela. Geralmente essas pessoas começam a falar muito mal do terreiro, do sacerdote e até mesmo inventam boatos dizendo que o terreiro está com problemas espirituais, administrativos, de moralidade ou outros quaisquer e por isso ela o deixou.
Conheço pessoas que ao deixar seus terreiros comentaram ter absoluta certeza de que seus "ex-sacerdotes" viriam correndo oferecendo um "cargo" ou alguma regalia para que voltassem. Um homem que conheci, não aceitou o convite de frequentar a corrente mediúnica de outro terreiro dizendo estar aguardando o telefonema do sacerdote pedindo sua volta. Eles não conseguirão sobreviver sem mim, afirmou ele.
Meses depois, ele não frequentava nenhum lugar ainda, outros do tipo abrem seus próprios terreiros...
Quero deixar claro que esse sentimento de ser insubstituível é natural em muitas pessoas, pois elas realmente são pessoas-chave para os terreiros em que frequentam. De fato, seus sacerdotes sentirão muito a sua saída. De fato elas farão falta. Mas cuidado para não cair nessa armadilha.
Da mesma forma e com a mesma gravidade, conheço sacerdotes que acreditam que os médiuns e membros do terreiro jamais deixarão sua corrente mediúnica e dizem: "ele não encontrará terreiro igual a este" ou ainda "ninguém o aceitará e ele voltará de joelhos pedindo para ser aceito".
Os dois lados se enganam. A verdade é que nem membros, nem sacerdotes são insubstituíveis e é preciso ter muita humildade, calma, paciência e, principalmente, muito equilíbrio para entender essa verdade.
Reflita sobre isso!
(texto adaptado do original "Se eu sair, minha empresa fecha" de Luis Marins)
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4 comentários:
Saudações Rodrigo Queiroz.
Gostei desta postagem. Concordo plenamente. Tenho assistido a imensas situações parecidas, e passa-se sempre o mesmo.
Abraço.
Oi, irmão, saudações!
Como sei do seu amor, pelo meu Pai
espiritual, Ruben Saraceni,
convido-o a apreciar em meu blog, uma homenagem humilde que fiz para ele em forma de poema. Espero que goste!
Um abraço!
Vilma de S. Luiz
Olá, olha eu gostei muito deste texto, pois me sentia mais ou menos assim, não queria deixar o outro centro porque já estava acostumada com tudo lá, não puni ninguém graças a Oxalá rs, mas achei que não conseguiria trabalhar em nenhum outro centro, hoje vejo que estou errada, que meus Guias vão aonde eu for, tendo a cabeça no lugar e sempre fazendo o bem e a caridade, Eles sempre estarão comigo.
Adorei seu texto ..eu o enviei a todos meus filhos de fé e conhecidos.Lindo !Verdadeiro.
Sou uma tímida "blogueira ",iniciante.
Aguardo sua visita em:
www.inamar-wwwforcasutis.blogspot.com
Abraço cordial.Marina
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